Globo.com: Mais de 90% dos eleitores do RS são contra o aumento do ICMS, diz Fiergs

Pesquisa foi encomendada pela entidade gaúcha ao Instituto Methodus.Medida é prevista em projeto enviado pelo governo estadual à Assembleia.

Mais de 90% dos eleitores do Rio Grande do Sul são contrários ao aumento das alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), medida prevista em projeto de lei encaminhado pelo governo estadual à Assembleia Legislativa. O número foi apontado em pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) ao Instituto Methodus, divulgada nesta quinta-feira (3) pela entidade gaúcha.


O governo argumenta que a medida tem como objetivo amenizar a crise financeira que atinge o estado, e que levou ao parcelamento dos salários dos servidores públicos estaduais pelo segundo mês consecutivo, o que provocou uma greve geral e diversos protestos. A expectativa do governo é arrecadar R$ 2 bilhões com a medida.

O projeto prevê o aumento da alíquota básica do ICMS de 17% para 18%, além da elevação de 25% para 30% do imposto sobre gasolina, álcool, telecomunicações e energia elétrica. Os produtos no comércio, por exemplo, poderiam ter um aumento no preço final de até 3%. Se for aprovado, passa a vigorar em 2016.

Questionados sobre a proposta, 91,7% se posicionaram contra. Para 88,3%, o aumento do imposto ampliará o desemprego, e 73,2% acreditam que a medida não resolverá a crise financeira do estado. "O aumento do imposto não é uma questão empresarial. O cidadão tem plena consciência do impacto negativo sobre toda a economia. Essa percepção ficou clara pela grandeza dos números da pesquisa", disse o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
O estudo apontou também que 73,5% dos gaúchos conhecem os impactos da alta do tributo e  75,5% acreditam que a medida não estimulará o crescimento da economia estadual. Para 86%, o aumento provocará o avanço da inflação.

A pesquisa foi realizada entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro com 1 mil pessoas de várias classes sociais e ambos os sexos, todos acima de 16 anos e eleitores, em 20 municípios de todas as microrregiões do estado. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.

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